sábado, 9 de novembro de 2013

Riquezas e sacrifícios

As cidades históricas mineiras possuem muitas riquezas – explícitas e implícitas. Entre as explícitas podemos destacar a quantidade de ouro que pudemos ver nas igrejas (mais de uma tonelada de ouro, em cada cidade); as minas de ouro que foram exploradas há muito tempo pelos escravos que lá estiveram. Outras dessas riquezas explícitas são os casarões das cidades históricas que pertenciam aos nobres da época; assim como todas as pinturas e obras de Aleijadinho – uma verdadeira riqueza artística.

Quanto às marcas deixadas pelas riquezas implícitas, podemos destacar a exploração que os negros sofriam durante seus trabalhos nas minas. Muito ouro fora tirado de lá, o que nos faz perceber o árduo trabalho que tiveram os escravos. Outra riqueza implícita importantíssima é a arquitetura barroca típica daquela época e que vemos até hoje nas construções históricas das cidades de Minas Gerais.

Os confrontos entre as classes sociais naquela época (e ainda hoje) eram muito marcantes e podemos ver esta segregação dos povos dentro das igrejas. Havia igrejas que só entravam brancos e igrejas que só entravam negros, sendo as dos brancos mais requintadas e exuberantes, ao passo que a dos negros era mais simples e singela.  Também havia a separação das cidades, como Ouro Preto era separado, em cidade alta e cidade baixa.

O desejo de liberdade dos escravos era enorme. Os negros ricos compravam sua alforria. Se o escravo alcançasse a sua liberdade, teria chances maiores de conseguir sua própria renda, sem ter que sofrer nas mãos do “dono” deles. Também poderiam ter chances de uma igualdade social e, por meio do dinheiro, tentarem diminuir seus sofrimentos e preconceitos contra eles.



O trabalho escravo fez com que a economia das cidades históricas crescesse, pois eles trabalharam muito e retiraram uma elevada quantidade de ouro, a qual movia a economia mineira; ouro que servia a exportação, porém o crédito certo, até hoje, não é dado aos escravos que enriqueceu nossa nação. 

Interior da Igreja Matriz de Nª. Sra. do Pilar em que
trabalho escravos constitui uma riqueza explícita.

Fonte: 
Texto de autoria própria;
Pesquisa de campo. 
  

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