As cidades históricas mineiras possuem muitas riquezas –
explícitas e implícitas. Entre as explícitas podemos destacar a quantidade de
ouro que pudemos ver nas igrejas (mais de uma tonelada de ouro, em cada
cidade); as minas de ouro que foram exploradas há muito tempo pelos escravos
que lá estiveram. Outras dessas riquezas explícitas são os casarões das cidades
históricas que pertenciam aos nobres da época; assim como todas as pinturas e
obras de Aleijadinho – uma verdadeira riqueza artística.
Quanto às marcas deixadas pelas riquezas implícitas, podemos
destacar a exploração que os negros sofriam durante seus trabalhos nas minas.
Muito ouro fora tirado de lá, o que nos faz perceber o árduo trabalho que
tiveram os escravos. Outra riqueza implícita importantíssima é a arquitetura
barroca típica daquela época e que vemos até hoje nas construções históricas
das cidades de Minas Gerais.
Os confrontos entre as classes sociais naquela época (e
ainda hoje) eram muito marcantes e podemos ver esta segregação dos povos dentro
das igrejas. Havia igrejas que só entravam brancos e igrejas que só entravam
negros, sendo as dos brancos mais requintadas e exuberantes, ao passo que a dos
negros era mais simples e singela. Também
havia a separação das cidades, como Ouro Preto era separado, em cidade alta e
cidade baixa.
O desejo de liberdade dos escravos era enorme. Os negros
ricos compravam sua alforria. Se o escravo alcançasse a sua liberdade, teria
chances maiores de conseguir sua própria renda, sem ter que sofrer nas mãos do
“dono” deles. Também poderiam ter chances de uma igualdade social e, por meio
do dinheiro, tentarem diminuir seus sofrimentos e preconceitos contra eles.
O trabalho escravo fez com que a economia das cidades
históricas crescesse, pois eles trabalharam muito e retiraram uma elevada
quantidade de ouro, a qual movia a economia mineira; ouro que servia a exportação,
porém o crédito certo, até hoje, não é dado aos escravos que enriqueceu nossa
nação.
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Interior da Igreja Matriz de Nª. Sra. do Pilar em que o trabalho escravos constitui uma riqueza explícita.
Fonte:
Texto de autoria própria;
Pesquisa de campo.
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